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BNDES manifesta otimismo sobre crescimento da economia
O presidente do BNDES salientou que a confiança da sociedade foi essencial para o país ultrapassar a crise financeira internacional.
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, reiterou hoje (17), no Rio de Janeiro, sua convicção de que o Brasil vai crescer em 2010 em torno de 5% e que os investimentos vão se recuperar. “Temos indicativos muito firmes de investimentos em energia e logística, em petróleo e gás”, declarou, após participar do Fórum Especial, organizado pelo Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae), na sede da instituição.
Coutinho lembrou que no segundo semestre do ano passado havia analistas que previam que o Produto Interno Bruto (PIB) - soma das riquezas produzidas no país - cairia entre 3% a 4% este ano. Os números, contudo, indicam que o resultado será positivo, chegando até a 1% de crescimento do PIB, “o que é um fato extraordinário”, afirmou.
O desafio, frisou Coutinho, é construir novas oportunidades para o Brasil em outras áreas, retomando a indústria manufatureira e investindo em tecnologias inovadoras, por exemplo. “E voltar a pensar o Brasil no longo prazo, porque é uma economia que acumulou condições macroeconômicas que permitem crescer. Temos um desafio grande pela frente, que é poupar mais e investir mais”. Com maior poupança e investimentos, o Brasil pode crescer, em média, 5% nos próximos anos, garantiu.
O presidente do BNDES salientou que a confiança da sociedade foi essencial para o país ultrapassar a crise financeira internacional. Disse que o consumo das famílias foi o principal esteio do mercado durante a crise.
"O mercado interno cresceu e isso permitiu absorver a capacidade ociosa que havia sido criada na produção industrial, de tal maneira que, junto com as iniciativas de governo - desonerações fiscais, um forte aumento do crédito por parte dos bancos públicos - foi a sociedade e, especialmente, as famílias de renda mais baixa que manifestaram confiança no país, sustentaram gastos, sustentaram o consumo e permitiram que a crise fosse ultrapassada mais cedo”, disse Coutinho.
Ele reconheceu, contudo, que será necessário reforçar o apoio às exportações, para que o país possa enfrentar o cenário mais difícil e competitivo que se delineia no mundo. Os desafios nessa área incluem a melhoria da logística, redução da carga tributária sobre a exportação e a melhoria das condições de crédito seguro às exportações, entre outros fatores. No caso do BNDES, frisou que a instituição está oferecendo crédito ao setor de bens de capital, que foi um dos mais atingidos pela crise, com taxas de 4,5% ao ano.
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