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Case de fracasso: como gestores e funcionários boicotam a empresa?
As pessoas podem levar uma organização ao sucesso, mas também têm o poder de levá-la ao fracasso.
Karin Sato
O que determina o sucesso ou o fracasso de um projeto? E de uma empresa? É válido admitir a existência de influências externas, como as crises em âmbito econômico, as turbulências políticas, a entrada de um novo player no mercado ou a inflação. Porém, é preciso se lembrar da variável mais importante e também da mais esquecida: o ser humano.
As pessoas podem levar uma organização ao sucesso, mas também têm o poder de levá-la ao fracasso. Segundo a gerente de Desenvolvimento Organizacional da Luandre, Flávia Garbo, o ser humano possui a "incrível habilidade de derrubar uma ideia, por mais maravilhosa que esta seja". Isso sem falar da capacidade de fazer algo parecer o que não é e de cometer erros por livre e espontânea vontade.
"Nunca subestime a criatividade das pessoas para boicotar métodos e processos, principalmente dos brasileiros, que são muito habilidosos em dar um jeitinho em tudo", acrescenta a especialista em Recursos Humanos.
Os erros mais comuns
Um dos equívocos mais comuns, que pode levar à perda de clientes, à ruína de um projeto ou à estagnação da empresa, é o boicote de gestores de todos os níveis a funcionários considerados talentosos. Por insegurança e medo de perder seu posto, é comum gestores não conseguirem fazer o próprio trabalho e entregar resultados que surpreendam diretoria e stakeholders (públicos da empresa).
Isso acontece porque o profissional fica o tempo todo preocupado em controlar, centralizar, olhar tudo, saber de tudo. "Hoje, as pessoas deixam a ética de lado em nome da sobrevivência. No lugar de delegar e treinar, o gestor inseguro se perde em detalhes, porque sua prioridade não é o sucesso da empresa, mas, sim, controlar tudo, mesmo quando ele sabe que, na equipe, há pessoas capacitadas e competentes. Tudo tem de passar pela mão dele. O resultado é que ninguém cresce".
Subordinação já saiu de moda
A hierarquização - termo em voga no momento, hoje já relacionado a empresas ultrapassadas - também prejudica quando o assunto é comunicação. "Criou-se uma crença no Brasil de que informação é poder. Há gestores que fazem questão de não explicar o todo aos membros da equipe. Sua tática é fragmentar informações, de maneira que ninguém enxergue o todo ou conheça os objetivos maiores da empresa. Mas os questionadores, que querem entender, acabam não se engajando".
Para evitar esse tipo de boicote à empresa, muitas organizações de grande porte adotam recursos como jornais informativos internos e intranet, diz Flávia.
A mania de copiar e colar
Outra forma que o ser humano encontrou de boicotar projetos diz respeito ao ato de copiar e colar. Mediante a pressão pela rapidez, muitos profissionais, na hora de arquitetar uma apresentação ou de elaborar um projeto, buscam o que querem na internet e, sem muito pensar, colam.
"Vejo pessoas copiando formulários inteiros da internet, mudando apenas o logo da empresa. Mas esse ato implica riscos. Às vezes, as pessoas perdem a noção. Por exemplo, há quem trabalhe em empresas nacionais e copie projetos de multinacionais. Mas são organizações com perfis diferentes. Geralmente, multinacionais são mais burocráticas, formais e apresentam maior meritocracia. E o que funcionou para determinada empresa, em determinado contexto, pode não funcionar em outro lugar", afirma Flávia.
O ideal é adaptar as informações à realidade de cada empresa, de cada situação. Não dá para copiar o trabalho motivacional de alguma das companhias classificadas entre as melhores para se trabalhar, pura e simplesmente. Já no caso de uma apresentação ou treinamento, no lugar de copiar e colar informações ou apresentações inteiras, estude o tema, conheça-o. Não fique limitado ao que encontrou. Até porque as pessoas farão perguntas.
Pessoas que não pensam fora da caixa
Crenças fortes podem ser limitantes. Isso porque a sociedade muda em uma velocidade ímpar, assim como as demandas dos clientes e a concorrência. Pensar de uma mesma forma, durante anos a fio, pode levar uma empresa à falência. É preciso acompanhar as mudanças! Por exemplo, há gestores que acreditam que só há um modo de trabalhar e, por isso, relutam em alterar processos, produtos ou serviços.
"São pessoas que não leem jornal e não analisam o que os concorrentes estão fazendo. Como resultado, nunca vão além", diz Flávia. Esses profissionais não notam sua dificuldade em pensar fora da caixa e, de forma inconsciente, boicotam a empresa. "As pessoas precisam rever suas crenças, estudar e analisar o modo como pensam o tempo todo", finaliza a gerente de Desenvolvimento Organizacional da Luandre, Flávia Garbo.
As pessoas podem levar uma organização ao sucesso, mas também têm o poder de levá-la ao fracasso. Segundo a gerente de Desenvolvimento Organizacional da Luandre, Flávia Garbo, o ser humano possui a "incrível habilidade de derrubar uma ideia, por mais maravilhosa que esta seja". Isso sem falar da capacidade de fazer algo parecer o que não é e de cometer erros por livre e espontânea vontade.
"Nunca subestime a criatividade das pessoas para boicotar métodos e processos, principalmente dos brasileiros, que são muito habilidosos em dar um jeitinho em tudo", acrescenta a especialista em Recursos Humanos.
Os erros mais comuns
Um dos equívocos mais comuns, que pode levar à perda de clientes, à ruína de um projeto ou à estagnação da empresa, é o boicote de gestores de todos os níveis a funcionários considerados talentosos. Por insegurança e medo de perder seu posto, é comum gestores não conseguirem fazer o próprio trabalho e entregar resultados que surpreendam diretoria e stakeholders (públicos da empresa).
Isso acontece porque o profissional fica o tempo todo preocupado em controlar, centralizar, olhar tudo, saber de tudo. "Hoje, as pessoas deixam a ética de lado em nome da sobrevivência. No lugar de delegar e treinar, o gestor inseguro se perde em detalhes, porque sua prioridade não é o sucesso da empresa, mas, sim, controlar tudo, mesmo quando ele sabe que, na equipe, há pessoas capacitadas e competentes. Tudo tem de passar pela mão dele. O resultado é que ninguém cresce".
Subordinação já saiu de moda
A hierarquização - termo em voga no momento, hoje já relacionado a empresas ultrapassadas - também prejudica quando o assunto é comunicação. "Criou-se uma crença no Brasil de que informação é poder. Há gestores que fazem questão de não explicar o todo aos membros da equipe. Sua tática é fragmentar informações, de maneira que ninguém enxergue o todo ou conheça os objetivos maiores da empresa. Mas os questionadores, que querem entender, acabam não se engajando".
Para evitar esse tipo de boicote à empresa, muitas organizações de grande porte adotam recursos como jornais informativos internos e intranet, diz Flávia.
A mania de copiar e colar
Outra forma que o ser humano encontrou de boicotar projetos diz respeito ao ato de copiar e colar. Mediante a pressão pela rapidez, muitos profissionais, na hora de arquitetar uma apresentação ou de elaborar um projeto, buscam o que querem na internet e, sem muito pensar, colam.
"Vejo pessoas copiando formulários inteiros da internet, mudando apenas o logo da empresa. Mas esse ato implica riscos. Às vezes, as pessoas perdem a noção. Por exemplo, há quem trabalhe em empresas nacionais e copie projetos de multinacionais. Mas são organizações com perfis diferentes. Geralmente, multinacionais são mais burocráticas, formais e apresentam maior meritocracia. E o que funcionou para determinada empresa, em determinado contexto, pode não funcionar em outro lugar", afirma Flávia.
O ideal é adaptar as informações à realidade de cada empresa, de cada situação. Não dá para copiar o trabalho motivacional de alguma das companhias classificadas entre as melhores para se trabalhar, pura e simplesmente. Já no caso de uma apresentação ou treinamento, no lugar de copiar e colar informações ou apresentações inteiras, estude o tema, conheça-o. Não fique limitado ao que encontrou. Até porque as pessoas farão perguntas.
Pessoas que não pensam fora da caixa
Crenças fortes podem ser limitantes. Isso porque a sociedade muda em uma velocidade ímpar, assim como as demandas dos clientes e a concorrência. Pensar de uma mesma forma, durante anos a fio, pode levar uma empresa à falência. É preciso acompanhar as mudanças! Por exemplo, há gestores que acreditam que só há um modo de trabalhar e, por isso, relutam em alterar processos, produtos ou serviços.
"São pessoas que não leem jornal e não analisam o que os concorrentes estão fazendo. Como resultado, nunca vão além", diz Flávia. Esses profissionais não notam sua dificuldade em pensar fora da caixa e, de forma inconsciente, boicotam a empresa. "As pessoas precisam rever suas crenças, estudar e analisar o modo como pensam o tempo todo", finaliza a gerente de Desenvolvimento Organizacional da Luandre, Flávia Garbo.
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