Notícias

Com crise, possível restrição de crédito automotivo pode afetar mercado segurador

Fonte: InfoMoney
A crise financeira internacional pode se tornar uma ameaça para o mercado de seguros brasileiro se limitar bruscamente a oferta de crédito para o setor automotivo. De acordo com o sócio da SMB Seguros, Sérgio Quintella Martins, não existe um consenso sobre o que pode ocorrer na economia como um todo diante da crise. Já no setor de seguros, ele afirmou que a tragédia teria que ser muito maior para se perceber um impacto. Por enquanto, a crise se limita aos bancos. Desta forma, apenas uma restrição de crédito para compra de automóveis afetaria os seguros. "Se isolar o mercado de seguros, o que a crise pode afetar é muito pouco, dada a proteção do cenário macroeconômico. Afetaria caso o consumidor tivesse restrição ao crédito ou taxa de juros muito elevadas, porque uma grande parte do mercado ainda está focada no setor de automóveis. Se ele [consumidor] não pudesse comprar carro, poderia afetar", explicou. A mesma opinião é dividida pelo presidente do Sincor-SP (Sindicato dos Corretores de Seguros de São Paulo), Leoncio de Arruda. "Números estatísticos, a que tive acesso, mostraram que as revendas de automóveis pararam vendas porque as financeiras estavam travando o crédito. Aí pode afetar o mercado de seguros, porque a carteira de automóveis cai", afirmou. Mais seguradoras, preços melhores De acordo com Martins, devido à crise financeira internacional, o Brasil se consolida como um destino seguro para investimentos de seguradoras estrangeiras, fator atribuído ao cenário macroeconômico estável. Com isso, quem sai ganhando é o consumidor, uma vez que a chegada de novas empresas ou produtos gera mais concorrência, inclusive em preços. "Quanto maior a concorrência, maior o benefício para o consumidor", afirmou o sócio da SMB Seguros. Segundo ele, mesmo com a situação internacional, o que se percebe é que o mercado de seguros está otimista, principalmente para investir em novos negócios. "Temos grandes seguradoras que estão vindo de fora". Outro ponto positivo que atrai empresas é a abertura do mercado de resseguros que, nas palavras de Martins, deve "sofisticar o mercado". "Tem muita coisa boa acontecendo para que a crise afete as seguradoras", explicou. Posição contrária Por outro lado, Arruda acredita que o Brasil já é um porto seguro para as empresas do setor há muito tempo e, por isso, já predominam as seguradoras internacionais. "Não teremos motivos para espantá-las, mas também não teremos para atrai-las". Ele disse acreditar que os investimentos do setor devem ser feitos no próximo ano, principalmente pelas empresas com ações em Bolsa, que estão mais apreensivas. A expectativa de Arruda é de crescimento de 12% do mercado para este ano, abaixo dos 15% previstos antes da crise. Previdência privada No caso do setor de previdência privada, Martins ressaltou que o consumidor tem que entender que as seguradoras têm que constituir reservas. "O que precisa ficar claro é que o dinheiro dele está protegido". Neste mercado, ele afirmou que há uma preocupação do cliente sobre onde colocar o dinheiro e, portanto, cabe a ele procurar números da empresa: há quanto tempo está no mercado, quantos clientes atende etc. "Isso tranquiliza".
voltar

Links Úteis

Indicadores diários

Compra Venda
Dólar Americano/Real Brasileiro 5.789 5.79
Euro/Real Brasileiro 6.0901 6.105
Atualizado em: 14/11/2024 19:00

Indicadores de inflação

08/2024 09/2024 10/2024
IGP-DI 0,12% 1,03% 1,54%
IGP-M 0,29% 0,62% 1,52%
INCC-DI 0,70% 0,58% 0,68%
INPC (IBGE) -0,14% 0,48% 0,61%
IPC (FIPE) 0,18% 0,18% 0,80%
IPC (FGV) -0,16% 0,63% 0,30%
IPCA (IBGE) -0,02% 0,44% 0,56%
IPCA-E (IBGE) 0,19% 0,13% 0,54%
IVAR (FGV) 1,93% 0,33% -0,89%